A cidade de Jundiaí perdeu nesta semana uma de suas figuras mais queridas no universo da gastronomia. Edson Borges, renomado cozinheiro e gerente de restaurantes, faleceu aos 70 anos, deixando um legado marcado por talento, dedicação e carinho com os clientes.
Conhecido como “Chef Edson Borges”, ele conquistou o paladar e o coração de muitos jundiaienses ao longo de décadas de trabalho nos mais prestigiados restaurantes da cidade. Sua trajetória começou em casas clássicas como o saudoso Blue Lake, na Avenida Jundiaí — palco de grandes eventos sociais, como casamentos e bailes tradicionais da alta sociedade.
Borges também brilhou na cozinha d’A Paulicéia, no Calçadão da Rua Barão de Jundiaí, onde era responsável por almoços elogiados pela clientela fiel. No entanto, foi na Trattoria Passarin que o chef viveu sua fase mais marcante. Ao lado de dona Florência Passarin, cuidava de cada detalhe: da disposição dos pratos à organização das mesas, sempre com um olhar atento e cheio de carinho.
As noites de sexta-feira se tornaram famosas pelas tradicionais noites italianas, embaladas por música ao vivo. Edson fazia questão de passar por todas as mesas, perguntando pessoalmente se os clientes estavam satisfeitos. Aos domingos, o cardápio de massas artesanais atraía até casais da capital paulista.
Nos finais de ano, a dedicação era ainda maior. Ele coordenava uma verdadeira operação de ceias especiais, com equipes reforçadas e atendimento impecável. Com um sorriso no rosto, recebia cada cliente como se fosse parte da família.
A sobrinha Renata Borges lembrou com carinho do tio: “Edson foi um homem muito especial para Jundiaí. Além dos restaurantes, também cozinhou para diversas famílias tradicionais da cidade. Ele era apaixonado pelo que fazia.”
O legado de Edson Borges seguirá vivo na memória de quem teve o privilégio de saborear seus pratos ou de simplesmente ser bem recebido por ele em algum restaurante. Jundiaí perde mais que um chef — perde uma parte saborosa de sua história.