Na madrugada desta quarta-feira (2), um homem em situação de rua morreu carbonizado na Vila Nambi, em Jundiaí. Esta é a terceira morte de pessoa em vulnerabilidade social ocorrida na cidade em um intervalo de menos de 30 dias. O caso foi registrado como morte suspeita no boletim de ocorrência.
As outras duas vítimas foram localizadas ainda na primeira quinzena de junho, período em que a cidade enfrentou as menores temperaturas do ano. Uma delas foi encontrada na Rua Rangel Pestana, na região central, e outra próxima a um córrego no bairro Cidade Nova.
Segundo relatos, a vítima da Vila Nambi não havia sido acolhida pelo serviço municipal de abrigamento mantido pela Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS). A situação tem gerado críticas de moradores e entidades ligadas à causa social, que apontam falhas na execução de políticas públicas voltadas ao atendimento dessa população.
Apesar de ações divulgadas pela gestão, incluindo visitas noturnas do prefeito e da equipe da assistência social, especialistas avaliam que o suporte efetivo não tem alcançado de forma satisfatória quem mais necessita. A estrutura de acolhimento, como o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) e abrigos emergenciais, existe, mas a aplicação prática estaria falhando em garantir proteção e dignidade às pessoas em situação de rua.