Após uma disputa acirrada, o republicano Donald Trump, de 78 anos, foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos, vencendo Kamala Harris, de 60 anos. A vitória foi confirmada com mais tranquilidade do que indicavam as previsões dos institutos de pesquisa.
O retorno de Trump à Casa Branca foi anunciado depois de ele conquistar 277 delegados no colégio eleitoral, enquanto Kamala Harris acumulou 224, conforme projeções da imprensa e dos institutos de pesquisa divulgadas na manhã desta quarta-feira. Para vencer a eleição nos EUA, é necessário obter pelo menos 270 dos 538 delegados em disputa.
Com isso, Trump ocupará novamente o Salão Oval da Casa Branca pelos próximos quatro anos, ao lado de seu vice, J. D. Vance. Ambos tomarão posse em 20 de janeiro de 2025. Esta é a segunda vez na história dos EUA, desde Grover Cleveland em 1892, que um ex-presidente conquista um segundo mandato não consecutivo.
Eleições nos EUA: acompanhe a apuração
Se o Estado está vermelho, a vitória foi do partido Republicano (Trump). Se azul, do Democrata (Kamala). Passe o mouse ou clique no mapa para conferir mais detalhes.

Trump venceu a eleição de 2016 ao derrotar outra candidata democrata, Hillary Clinton, obtendo 304 votos no colégio eleitoral contra 227 da ex-secretária de Estado.
Em 2020, Trump buscou a reeleição, mas foi derrotado pelo democrata Joe Biden, que conquistou 306 votos no colégio eleitoral, enquanto o republicano obteve 232.
Mais uma vez, os chamados Estados-pêndulo, que não possuem preferência política fixa entre os partidos Democrata e Republicano, foram decisivos na eleição presidencial. Neste ano, os sete Estados-chave foram: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin, que juntos somavam 93 dos 538 delegados em disputa.
A trajetória de Kamala Harris como candidata democrata à presidência foi marcada por reviravoltas. Ela assumiu a liderança da chapa após Biden decidir não buscar a reeleição.
Se vencesse, Kamala se tornaria a primeira mulher a ocupar a presidência dos Estados Unidos. Em 2020, porém, já havia feito história ao se tornar a primeira mulher negra e descendente do sul da Ásia a servir como vice-presidente do país.
Condenação e problemas com a Justiça

Em maio, Donald Trump se tornou o primeiro ex-presidente dos EUA a ser condenado criminalmente, sendo considerado culpado por falsificar registros financeiros para ocultar um pagamento.
Ele foi julgado culpado de falsificar registros financeiros para esconder um pagamento feito para garantir o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels, que teria sido sua amante, evitando assim possíveis prejuízos à sua campanha eleitoral de 2016. Trump foi condenado em todas as 34 acusações de falsificação.
Agora, Trump aguarda a sentença, que pode resultar em detenção ou multa. A decisão será anunciada apenas em 26 de novembro, mas especialistas avaliam que a prisão do republicano é improvável.
Além dessa condenação, Trump enfrenta outros três processos criminais, incluindo acusações de interferência eleitoral, conspiração e mau uso de documentos sigilosos após deixar o cargo.
Economia, aborto e imigração: os principais temas da corrida presidencial
A alta histórica da inflação, que atingiu seu nível mais alto em 40 anos em 2022, continua impactando os eleitores. Embora a inflação tenha desacelerado, os preços elevados ainda afetam os americanos, com aumento nos postos de gasolina, supermercados, taxas de financiamento imobiliário e outros custos, tornando o “sonho americano” cada vez mais difícil de alcançar.