O Hospital Universitário de Jundiaí enfrenta um cenário crítico com a superlotação da UTI Pediátrica devido ao aumento expressivo de doenças respiratórias em crianças. Na segunda-feira (3), a taxa de ocupação da unidade atingiu 233%, com todos os leitos ocupados por pacientes em estado grave que necessitam de suporte ventilatório.
Além da UTI, a enfermaria pediátrica também está sobrecarregada, operando com 92% de ocupação. A maioria dos casos envolve crianças acometidas por vírus respiratórios como influenza, bronquiolite, pneumonia e COVID-19.
A pediatra Stela Tavolieri, coordenadora do Pronto-Socorro Infantil do HU, reforça a necessidade de medidas preventivas por parte da população. Segundo ela, é comum recém-nascidos contraírem vírus após visitas em ambientes públicos ou aglomerações. “Muitos bebês estão sendo expostos a locais com grande circulação de pessoas e, por consequência, acabam sendo internados em estado grave. É fundamental que os pais evitem essas situações nesse período de maior risco”, alertou.
Para enfrentar o pico sazonal, o hospital reforçou a estrutura com novos equipamentos e readequação de espaços, garantindo a continuidade dos atendimentos. Ainda assim, a gravidade dos quadros clínicos tem exigido internações mais longas, principalmente entre recém-nascidos com menos de três meses de vida.
“O sistema imunológico desses bebês ainda está em formação, o que dificulta a recuperação e prolonga o tempo de permanência hospitalar”, explicou a médica.
O HU segue monitorando os dados diariamente e mantém o plano de contingência ativado para responder à alta demanda durante o período de inverno.
