São Paulo – Um menino de 10 anos e sua mãe pretendiam comer um brigadeiro em uma confeitaria localizada em um centro comercial de Perdizes, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. De acordo com a mãe, os dois foram impedidos por um ato de racismo. Um segurança retirou o menino, negro, da loja alegando que “não pode ter pedinte no local”.
A mãe, a jornalista Suzana Barelli, denunciou o caso em suas redes sociais. “Racismo é crime!!! A interpretação deste segurança e de seus chefes é que criança negra = pedinte que importuna os clientes e deve ser afastada”, escreveu.
Ela também publicou um vídeo no qual pede explicações para o segurança. O caso ocorreu em uma das lojas da rede de franquias Amor aos Pedaços localizada no centro comercial Instant Center. No vídeo, o segurança se recusa a se identificar e diz que “é a regra do condomínio, não pode as pessoas pedirem coisas”. Ele, no entanto, não explica porque abordou o filho de Suzana.
“Racismo puro! A minha pergunta é: como as lojas que funcionam no local vão reagir a isso?”, questionou Suzana, que, além da Amor aos Pedaços, citou outras empresas como Hering, Drogasil, QBurger e Da Pá Virada Gelateria. “Vocês estão com a palavra. Vão continuar atuando em endereços que usam seguranças com esta mentalidade? Ou vamos trabalhar para mudar esta realidade?”