Dos 594 detentos que escaparam durante motim ocorrido no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz (SP) no dia 16, 182 seguem nas ruas. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), todos os recapturados perderam o benefício do regime semi-aberto.
O trabalho de buscas aos foragidos foi reduzido e agora a expectativa da Secretaria de Administração Penitenciária é de que os procurados sejam recapturados em ritmo mais lento, conforme sejam parados em operações de bloqueio ou mediante mandados de busca cumpridos pelas forças policiais.
Segundo a secretaria, pelo fato de terem se envolvido em fuga, os presos recapturados tiveram automaticamente a regressão de regime, passando do semiaberto (quando o preso sai para trabalhar e estudar durante o dia e volta ao presídio para dormir), para o regime fechado (quando fica encarcerado em tempo integral).
Ação orquestrada
Além dos 594 presos do semiaberto que fugiram em Porto Feliz, houve motins em unidades prisionais de Tremembé, Mirandópolis, Mongaguá e Sumaré.
As ações dos detentos ocorreram após a Corregedoria-Geral da Justiça suspender a saída temporária dos presos em regime semiaberto. A saída estava prevista para ocorrer nesta terça (17). A suspensão foi definida devido ao temor de que os presos retornassem às prisões com coronavírus.
Recapturados
- Tremembé: 218 detentos fugiram, 127 foram recapturados;
- Mirandópolis: teve rebelião e incêndio com 9 presos feridos e não houve fuga;
- Sumaré: 4 presos fugiram e os mesmos 4 foram recapturados;
- Mongaguá: 563 fugiram e 221 foram recapturados;
- Porto Feliz: 594 fugitivos e 412 recapturados.