PF: quadrilha pagava gerente de banco para fraudar cartões do INSS

Em um mês, segundo a PF, a associação criminosa movimentou cerca de R$ 120 mil através do uso de cartões.

Na manhã de quinta-feira, dia 14 de setembro, a Polícia Federal (PF) deu início à Operação La Tarjeta, cujo propósito é efetuar a prisão de um indivíduo sob investigação por envolvimento em uma quadrilha de estelionatários especializada no desvio de cartões magnéticos vinculados a benefícios previdenciários.

Cerca de dez agentes federais da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) estão executando um mandado de prisão temporária e outro de busca e apreensão na residência do suspeito. Esses mandados foram emitidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e visam a residência localizada no bairro de Brás de Pina, na Zona Norte da capital fluminense.

Durante as investigações, que contaram com o auxílio do Setor de Inteligência e Investigação de Segurança Corporativa do Banco Santander, foi desvendada a operação de uma associação criminosa que estava envolvida em um elaborado esquema de fraude contra o INSS. Esse esquema envolvia a emissão de diversos cartões magnéticos ligados a benefícios previdenciários, tudo isso sem a presença de clientes legítimos, beneficiários ou representantes legais.

Para executar esse esquema, a quadrilha contava com a participação de um gerente da instituição bancária, que realizava numerosas solicitações para a emissão de cartões de benefícios do INSS. Além disso, era ele quem recebia os cartões, cadastrava as senhas escolhidas pelos criminosos e liberava os benefícios para os demais membros do grupo.

Em um período de apenas um mês, esse gerente emitiu um total de 110 cartões magnéticos do INSS, relacionados aos benefícios previdenciários do tipo amparo assistencial ao idoso, tudo isso sem a presença ou autorização dos verdadeiros titulares dos benefícios ou de representantes legais.

Após a emissão dos cartões, os membros da quadrilha passavam a efetuar saques fraudulentos dos benefícios mensalmente, compartilhando os lucros ilícitos entre os criminosos e causando sérios prejuízos à Previdência Social.

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