Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí se deslocaram até a cidade de São Paulo para executar um mandado de busca e apreensão direcionado a um adolescente de 17 anos. O jovem estava sob acusação de envolvimento em pelo menos cinco incidentes de furto ocorridos em garagens de edifícios situados na região da Vila Arens e Vianelo. Além disso, ele tinha um histórico de reiteradas passagens pela Fundação Casa (antiga Febem).
O delegado Marcel Fehr, encarregado da investigação e responsável por obter a medida junto ao Poder Judiciário contra o menor, esclareceu que os crimes aconteceram no mês passado de agosto e foram captados por sistemas de vigilância por vídeo. Ele detalhou o modus operandi do acusado, afirmando: “As filmagens mostraram que o jovem sempre se dirigia à portaria do condomínio. Ao perceber que não havia um porteiro físico presente, concluía que se tratava de uma ‘portaria eletrônica'”. Segundo o delegado, nesse momento, o menor escalava o muro e ingressava na garagem do edifício, frequentemente acompanhado por cúmplices. “Eles roubavam principalmente bicicletas de alto valor. Em uma das ocasiões, uma motocicleta utilizada para motocross foi furtada, e em outra ocasião, um veículo HB 20 foi alvo de furto”, explicou o chefe da DIG.
Recursos de inteligência policial foram empregados para identificar o infrator, culminando na obtenção de um mandado de busca e apreensão para sua residência, requisitado à Vara da Infância e da Juventude. Durante a busca na casa do menor, os investigadores da equipe encontraram uma bicicleta e as roupas usadas nos furtos. “Na DIG, o adolescente, acompanhado de sua mãe, confessou os cinco furtos, revelando que vinha para Jundiaí de trem e que, após os furtos, retornava da mesma forma, com exceção das vezes em que a motocicleta e o carro foram roubados e posteriormente negociados na favela de Heliópolis, também localizada na zona sul de São Paulo”, informou Marcel Fehr.
O delegado explicou que os cúmplices do menor residiam nessa comunidade e já estavam sob investigação pela DIG. Quanto à bicicleta apreendida, ele mencionou que, até o momento, o proprietário não havia sido localizado. Concluindo, ele destacou que, após ser ouvido, o menor foi liberado para sua mãe, uma vez que, por ser menor de idade, ele cometeu um ato infracional que não envolveu violência nem grave ameaça, além de não ter sido pego em flagrante delito, o que possibilitou sua libertação.