Menina de SP descobre que não irá tirar traqueostomia por sofrer da mesma doença que o Papa Francisco

A menina de 9 anos diagnosticada com uma doença rara após testar positivo para a Covid-19, em janeiro de 2021, descobriu que ainda não poderá remover a traqueostomia à qual foi submetida. Na esperança de remover a condição em alguns meses, a família, que vive em Praia Grande, no litoral de São Paulo, lutou para realizar um exame de broncoscopia infantil – que avalia o estado das vias aéreas inferiores – o quanto antes. A pequena Mariana Custódio conseguiu realizar o procedimento após receber ajuda do Hospital Guarujá, também no litoral paulista.

Luana Custódio, mãe da criança, disse na última sexta-feira (1°) que ficou muito feliz com a ajuda do hospital, que concedeu o exame. “Fomos muito bem tratados, a recepção foi maravilhosa”, conta. No entanto, o objetivo do exame não aconteceu conforme o planejado. A família esperava que o resultado apontasse que a pequena Mari pudesse remover a traqueostomia, mas, em vez disso, apontou que a menina está com uma estenose.

A condição de estenose ocorre quando há o estreitamento de um órgão. No caso da paciente, o duto de respiração que é a traqueia foi identificado como muito estreito, impossibilitando a remoção da traqueostomia. Conforme a mãe explica, se ela removesse o aparato, não conseguiria mais respirar. Dessa forma, a saga da família continua, mas por outros caminhos.

“Ela vai ter que passar por um procedimento que alarga a traqueia”, revela a mãe. Luana ainda pontua que a cirurgia não é realizada na região, apenas na capital paulista, e que segue correndo contra o tempo para realizá-la o quanto antes. A parente lembra que o médico especialista que atende sua filha recomendou que Mari retirasse a traqueostomia até junho de 2022, um ano após tê-la colocado.

A pequena Mari realizou o exame de broncoscopia infantil no Hospital Guarujá, após funcionários da unidade se solidarizarem com seu caso, e conseguirem autorização da administração para concedê-lo à paciente. Ao g1, o hospital informou que a paciente chegou no início da tarde de quinta-feira (31) para iniciar os preparativos do exame, e que a menina ficou bem acomodada, enquanto recebia a visita de funcionários da unidade, que fizeram questão de conhecê-la.

Mariana foi diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré, que é considerada grave, após testar positivo para a Covid-19. A doença causa um distúrbio autoimune que tem impactos no sistema nervoso. O principal sintoma da doença que ela apresentou foi a perda de movimentos, até atingir uma paraplegia aguda. Após o diagnóstico, Mari ficou internada e precisou passar por uma traqueostomia.

A paciente realiza sessões de fisioterapia, passa por atendimento médico constantemente, e já apresentou uma melhora muito significativa em relação aos movimentos. A família busca conseguir concluir todas as etapas necessárias para a criança retirar a traqueostomia o quanto antes, garantindo uma vida com mais liberdade à pequena.

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