A Justiça Federal condenou, nesta terça-feira (3), o humorista Léo Lins a oito anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado. A decisão acata denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que acusou o comediante de fazer discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários durante um show realizado em 2022 e divulgado na internet.
Segundo a sentença, Léo Lins proferiu declarações ofensivas a negros, indígenas, nordestinos, obesos, idosos, pessoas com deficiência, portadores de HIV, homossexuais, judeus e evangélicos. O vídeo da apresentação foi publicado nas redes sociais e chegou a ultrapassar 3 milhões de visualizações antes de ser retirado do ar por determinação judicial em 2023.
Além da pena de prisão, o humorista foi condenado ao pagamento de uma multa equivalente a 1.170 salários mínimos (conforme os valores da época da gravação), e ao pagamento de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
De acordo com a decisão, o fato de o conteúdo ter sido amplamente divulgado pela internet e de ter atingido uma grande diversidade de grupos sociais foram considerados agravantes na dosimetria da pena.
A defesa de Léo Lins ainda pode recorrer da sentença. Até o momento, o humorista não se manifestou publicamente sobre a condenação.
