O juiz Marco Aurélio Stradiotto de Moraes Ribeiro Sampaio, do Plantão Judiciário do Fórum de Jundiaí, decidiu manter sob prisão a cliente de 45 anos que proferiu palavras racistas contra uma cabeleireira de 35 anos da cidade de Itupeva.
A detenção ocorreu na tarde de sexta-feira (29) pela Polícia Militar, quando a cliente ficou indignada ao ouvir que a cabeleireira não realizava serviços de “mega hair”. Diante de três testemunhas, a cliente começou a ofender a cabeleireira, fazendo comentários racistas, sugerindo que ela deveria saber fazer o procedimento por ser “negra e africana”. Além disso, passou o dedo em sua própria pele para ressaltar sua suposta superioridade por ser branca e “bonita”.
Outras clientes presentes no salão ficaram revoltadas e acionaram a Polícia Militar. O delegado Rodrigo Lima Leite Carvalhaes decretou a prisão da acusada.
No despacho, o juiz considerou os atos racistas da autora como graves e determinou sua permanência na cadeia feminina de Itupeva até a conclusão do processo na Vara Criminal. As recentes alterações na legislação aumentaram a gravidade das punições para crimes de racismo.
Na sua defesa, a acusada argumentou que a cor da cabeleireira é “uma realidade social”.