Empatia: um substantivo abstrato que fala sobre o dom de se colocar no lugar do outro. Denny Naka, de 35 anos, morador de um condomínio da Vila Progresso, deu tamanho e forma para o sentimento ao imprimir uma folha de papel e fixar no elevador do prédio em que vive, oferecendo auxílio a pessoas do grupo de risco de contágio do novo coronavírus.
O ato de empatia ganhou força.
Além dele, moradores de outras cidades e outros de Jundiaí distribuíram bilhetes aos vizinhos, colaram cartazes e compartilharam correntes nas redes sociais se colocando à disposição para ir às compras no lugar daqueles que têm mais riscos se comprovado o contágio do Covid-19.
“Eu vi na internet uma mobilização para ajudar pequenos comércios de bairros neste tempo de crise e quis abraçar a ideia de que precisamos nos ajudar. Essa foi uma das formas que vi para colaborar, pelo menos um pouco”, explica Denny.
Ele fixou a folha de papel sulfite na terça-feira (17) e recebeu dezenas de mensagens. Ironicamente, nenhuma delas solicitava ajuda.
“Foram mensagens de apoio, me parabenizando, fiquei um pouco surpreso pois isso é uma atitude que tenho certeza que a maioria iria fazer se encontrasse alguém precisando de ajuda, a única coisa que fiz foi expor publicamente”, contou.
Em meio ao pânico, medo e sentimento de incerteza, iniciativas como essa lembram a comunidade sobre a importância da união.
“A melhor ajuda sem dúvida e a de escolher ficar em casa”, aconselha o jovem, que é produtor audiovisual. “Só saiam em momentos cruciais, não há alternativa. O surto vai agravar e quando isso acabar precisaremos nos reerguer novamente, aos passos pequenos”.
Parafraseando os companheiros italianos, andrà tutto bene. Vai ficar tudo bem.
Com informações de Tribuna de Jundiaí