A Prefeitura de Itupeva, por meio da Secretaria de Saúde e da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), confirmou novos casos de esporotricose em humanos e gatos no município. A esporotricose é uma infecção fúngica causada por fungos do gênero Sporothrix, com potencial de afetar pele, sistema linfático e, em casos graves, articulações e ossos. A doença é considerada uma zoonose epidêmica em várias regiões do Brasil.
Casos em humanos e animais
Os gatos são os principais transmissores da doença, embora cães e humanos também possam ser infectados. Diante dos novos casos, a UVZ elaborou um plano de ação para controle, prevenção e conscientização sobre a zoonose.
Sintomas
Em humanos:
- Nódulos avermelhados que evoluem para feridas, principalmente em mãos, braços, pernas, pés e rosto;
- Lesões em fileira (alinhadas);
- Dores articulares e nos linfonodos;
- Febre.
Em gatos:
- Feridas no rosto e nas patas, podendo se espalhar;
- Emagrecimento e falta de apetite;
- Espirros e secreção nasal.
Transmissão
A doença pode ser transmitida de diversas formas:
- Para humanos: por espinhos, madeira contaminada, vegetais em decomposição e, principalmente, por contato com feridas, arranhões ou mordidas de gatos infectados;
- Para gatos: por solo contaminado, arranhaduras em árvores e brigas com animais doentes.
Diagnóstico e tratamento
Suspeitas devem ser notificadas à UVZ pelo telefone (11) 4591-8527. A unidade realiza o diagnóstico, porém o tratamento veterinário é de responsabilidade do tutor, com orientação de médicos veterinários particulares.
Já o tratamento em humanos é gratuito e oferecido pelo SUS, e deve ser iniciado o quanto antes para evitar agravamentos.
Como proteger seu gato
Para prevenir a esporotricose, a Prefeitura reforça a importância da posse responsável, com medidas como:
- Manter o animal dentro de casa, sem acesso às ruas;
- Evitar brigas com outros animais;
- Fornecer caixa de areia limpa, com substratos adequados, evitando o contato com solos contaminados.
Crime de abandono
A Prefeitura também faz um alerta: abandonar animais é crime, conforme a Lei Federal nº 9.605/1998. A esporotricose tem cura, mas exige tratamento contínuo e responsabilidade por parte dos tutores.
