A ativista ambiental Greta Thunberg foi deportada de Israel nesta terça-feira (10), após ser detida a bordo de uma embarcação que se dirigia à Faixa de Gaza. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, que organizou o retorno da jovem ao seu país de origem, a Suécia.
De acordo com o governo israelense, Greta embarcou pela manhã no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, em um voo com escala na França antes de seguir para a Suécia. Até o momento, nem a ativista nem sua equipe divulgaram declarações oficiais sobre o ocorrido.
A deportação de Greta faz parte de uma ação mais ampla envolvendo outros 11 ativistas que estavam na embarcação “Madleen”, interceptada por forças navais israelenses. O grupo participava de uma missão humanitária organizada pela Freedom Flotilla Coalition, com o objetivo declarado de entregar suprimentos à população palestina em Gaza.
A operação de interceptação foi realizada no domingo (8), quando o barco, segundo os organizadores, foi cercado por drones e abordado por militares. O grupo alega que transportava alimentos, fórmulas infantis e materiais médicos. Por outro lado, autoridades israelenses classificaram a carga como simbólica, inferior à capacidade de um único caminhão.
Após a abordagem, a embarcação foi levada ao porto de Ashdod, onde os ativistas passaram por avaliação médica. Na noite de segunda-feira (9), o governo israelense anunciou que todos seriam encaminhados ao aeroporto para repatriação. As autoridades também alertaram que qualquer pessoa que se recusasse a assinar os documentos de deportação poderia ser levada à Justiça.
A Freedom Flotilla Coalition já organizou outras missões semelhantes no passado, sempre com o intuito de chamar atenção internacional para a situação humanitária em Gaza.
