Estudante precisa de remédio caro para tratar câncer raro: ‘o estado não me dá oportunidade de lutar’

Uma estudante de 24 anos não consegue avançar no tratamento contra o câncer por falta de um medicamento. A Justiça já determinou que a União forneça o remédio, mas até agora nada.

Uma família que se sente sozinha na busca por tratamento oncológico. Há nove meses, o SUS não dá alternativa para Nayara Cristine dos Santos, de 24 anos, lutar contra a doença.

“Eu sou uma pessoa muito nova, não sabia que ia tá passando por isso. Vamos enfrentar a doença, mas eu não tenho nem meios pra enfrentar a doença porque o estado, o governo não me dá essa oportunidade de enfrentar a minha doença, sabe? De lutar. Eu não tenho oportunidade de lutar”, diz Nayara.

“Eu tinha até também tinha adquirido também Covid, a doença, o Covid acelerou meu câncer. Então, não deu nem pra tirar meu rim parcialmente. Tive que tirar de urgência todo meu rim direito, aqui nesse hospital mesmo, dos Servidores”.

Em janeiro de 2021, Nayara recebeu a notícia que a doença tinha voltado, dessa vez, no pulmão.

“Comecei a fazer quimioterapia, só que não deu certo. Fiz quatro meses. Eu fiquei arrasada na quimioterapia, minha cor mudou, foi um processo muito difícil pra mim, me olhar no espelho e me ver daquele jeito, sabe? E pra chegar os 4 meses, fazer outra tomografia e ver que não tinha dado certo, que a doença tinha aumentado”.

“Aí a médica falou, vamos suspender, que você vai precisar de uma quimioterapia, de imunoterapia, que no caso não tem no SUS, em nenhum hospital do Brasil, tipo, público”.

O remédio que Nayara precisa para imunoterapia é o nivolumabi. A família descobriu que o custo é de R$ 65 mil por mês.

“Essa medicação só pode ser comprada por empresa, não pode ser comprada por pessoa física. E quatro meses iniciais que eu preciso custa em volta de R$ 240 mil, mais ou menos. Só os 4 meses iniciais, pra ver se realmente vai dar certo”.

“Esse remédio só é adquirido por clínica oncológica, então a gente não tem nem a opção de fazer uma vaquinha, vender carro, vender casa, ou fazer o que for, pra tentar adquirir o remédio. A gente não tem essa opção”, diz o pai da jovem, Cláudio Henrique dos Santos.

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