Enfermeira de São Paulo é a primeira brasileira vacinada contra a Covid-19

A enfermeira negra Mônica Calazans, de 54 anos, atua na linha de frente no combate à pandemia e tem perfil de alto risco para complicações da doença.

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a ser vacinada contra a Covid-19. Mônica recebeu a dose da CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, neste domingo, 17, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. A imunização ocorreu logo após a liberação do uso emergencial da vacina pela Anvisa.

Mônica atua na UTI do Hospital Emílio Ribas, na linha de frente no combate à pandemia. O local possui 60 leitos dedicados à Covid-19 e desde abril mantém mais de 90% de taxa de ocupação. Além de estar na linha de frente, a enfermeira tem perl de alto risco para complicações da Covid-19: é obesa, hipertensa e diabética.

Mulher de muitos recomeços, Mônica atuou como auxiliar de enfermagem durante 26 anos e resolveu fazer faculdade já numa fase mais madura. O diploma veio aos 47. “Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo. É lógico que eu tenho me cuidado muito a pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de cuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona,” disse Mônica.

Em maio, quando a pandemia atingia alguns de seus maiores picos, se inscreveu para vagas de Contrato por Tempo Determinado e, dentre vários hospitais, escolheu trabalhar no Emílio Ribas, mesmo ciente de que a unidade estaria no epicentro do combate à pandemia. Segundo ela, a vocação falou mais alto.

Mônica confessa que os piores momentos são sempre quando sente que o SUS está operando no limite. Otimista com a vacina, ela acredita que a imunização será essencial para que os brasileiros possam voltar a ter uma vida normal.

Apesar da rotina intensa e puxada, com o trabalho cada vez mais volumoso nos seus plantões de 12h, ela tenta manter o discurso sempre otimista e o equilíbrio emocional. “Eu tenho em mente sempre que não posso me abater porque os pacientes precisam de mim, por isso tenho sempre uma palavra de positividade e de que vamos sair dessa situação. O que me ajuda também é o prazer que sinto com o meu trabalho”, arma a enfermeira.

Com informações de Veja

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