Amor pela área de exatas mais paixão pelo ciclismo é igual a uma incrível aventura!
Um professor de matemática e um amigo que leciona física decidiram unir essas duas paixões e embarcaram em uma jornada épica: pedalar de Sorocaba, no interior de São Paulo, até Buenos Aires, na Argentina.
Glaucio de Oliveira Testori e Renato Bailarini Ferreira, colegas de trabalho em uma escola, dedicaram seis meses de preparação para enfrentar esse desafio e percorreram 2,5 mil quilômetros durante as férias escolares.
Apesar de serem especialistas em exatas, eles sabiam que calcular o ciclo dessa viagem não seria uma tarefa fácil, principalmente devido aos imprevistos que poderiam surgir.
O primeiro desafio surgiu mesmo antes de começarem o roteiro, pois muitas pessoas duvidaram das capacidades dos professores. No entanto, eles contaram com o apoio inabalável e encorajador de seus alunos, que os apoiaram do início ao fim da aventura.
“Essa viagem eu já vinha planejando com um outro amigo há aproximadamente dois anos, quando conheci o Glaucio aqui no colégio. Ele falou que queria fazer algo grandioso, como escalar o Everest. Eu falei: ‘bom, o Everest eu acho que não dá, mas tem um projeto de bicicleta que eu estou planejando. É grande esse projeto. Topa?’. Ele topou de cara”, relembra o professor de física Renato.
Os corajosos ciclistas partiram de Sorocaba no dia 1º de julho e iniciaram uma jornada épica. Atravessando os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, eles chegaram ao Uruguai e, finalmente, à terra dos “hermanos”, a Argentina. Ao longo de 21 dias, eles pedalaram uma média de 120 quilômetros diariamente.
Glaucio compartilha: “Tínhamos várias pequenas metas. A superação das fronteiras, pedalar para outro estado, coisas que eu nunca tinha feito antes… Pedalar mais de 120 quilômetros, cruzar fronteiras internacionais… Eram várias pequenas conquistas que aproveitamos durante a viagem, até chegarmos à grande meta, que era alcançar a Argentina.”
Os professores também enfrentaram um ciclone no sul do Brasil e superaram diversas adversidades ao longo do percurso. “Recebemos um alerta sobre o ciclone pouco antes de sua chegada, mas mesmo assim decidimos enfrentá-lo. Houve um dia em que não pedalamos, e lembro-me de ter sentido muito medo, pois estávamos no 8º andar de um prédio, e parecia que o prédio desabaria… Mas desistir nunca foi uma opção”, relata Renato.
