O desaparecimento de uma criança de apenas três anos, durante a madrugada desta quarta-feira (10) em Jundiaí, mobilizou ao menos nove equipes de policiais militares, além de homens do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal de dois municípios e investigadores da Polícia Civil.
Cães farejadores e até um drone foram utilizados na ação de busca. A menina acabou sendo encontrada, quase no final da madrugada, em um abrigo, para onde foi levada por um casal que a encontrou sozinha na rua enquanto passava de carro.
Os pais foram autuados em flagrante por abandono de incapaz. Moradores no Jardim Novo Horizonte, eles só teriam percebido o sumiço horas depois de a criança sair sozinha da residência. Mesmo assim, também demoraram para começar a procurá-la.
Como em casos semelhantes de desaparecimento de crianças pequenas – apesar de raro um fato como o ocorrido na madruga -, grande número de policiais e guardas se empenharam para participar das buscas.
Cada uma das nove equipes da PM contou com, pelo menos, dois patrulheiros cada, além de policiais civis do 5º DP a agentes do Canil da GM de Jundiaí, bombeiros e GMs de Itupeva.
De acordo com o apurado pela polícia, a menina já vinha sofrendo maus-tratos em casa e queixas diversas foram feitas ao Conselho Tutelar de Jundiaí, que, durante todo esse tempo, não teria tomado uma providência efetiva para garantir o bem-estar da criança.
De acordo com o tenente Iuri, oficial responsável por coordenar os policiais militares na ação, por sorte a criança foi encontrada pelo casal que passava de carro. Eles teriam se surpreendido ao se deparar com uma menina bastante pequena no meio da rua, durante a madrugada, e resolvido levá-la a um abrigo em Itupeva, provavelmente o município onde residem.
Segundo a PM, após o auto de prisão em flagrante, a criança foi levada para uma casa transitória, onde deve permanecer junto com o irmão, de apenas oito meses, aguardando decisão da Vara da Infância e da Juventude.
Resposta
Perguntada sobre a atuação do Conselho Tutelar no caso, Prefeitura de Jundiaí informou que a Unidade de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí, informou que “a criança de 3 anos está acolhida no serviço institucional da rede de Assistência Social de Jundiaí, com a garantia de seus direitos fundamentais respeitada”.
“Por se tratar de uma criança de 3 anos e em condição de vulnerabilidade, o Conselho Tutelar, que é um órgão autônomo, não pode passar nenhuma informação sobre o caso, a fim de garantir a segurança da criança”, disse a nota.
Informações Impressa Policial