Um estudo encomendado pelo governo Lula à Caixa Econômica Federal aponta que o voto do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, sobre a correção de rendimentos do FGTS, poderia desencadear uma crise habitacional no país.
O julgamento está agendado para o dia 18 deste mês, onde Barroso propôs, em abril, que a correção do FGTS seja, no mínimo, equivalente ao índice da poupança. O ministro da AGU argumenta que isso levaria a uma elevação na taxa média de juros do financiamento habitacional, passando de 5,25% para 7,60% ao ano. A Caixa, baseando-se nesses dados, estima que cerca de 48% das famílias de baixa renda seriam impedidas de acessar financiamentos.
A projeção do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional indica que, se o voto de Barroso prevalecer, o governo precisaria de mais R$ 20 bilhões anuais para manter as atuais estimativas do programa Minha Casa, Minha Vida.
A Caixa alerta que, com o aumento da taxa de juros e sem novos aportes do governo, as contratações de unidades habitacionais poderiam cair pela metade, passando de 480 mil para 254 mil, com base nos números deste ano.