Brasil cita ‘caso plausível genocídio’ pela 1ª vez na ONU e denuncia Israel

Vieira lembrou que os ataques contra a UNIFIL não foram os primeiros e que, nos anos 90, mais de cem pessoas morreram numa das bases. “Esta tragédia serve como uma lição crítica do que ocorre quando a comunidade internacional permite que tais violações fiquem impunes”, disse.

“Quando falhamos em responsabilizar os perpetradores, pavimentamos o caminho para que a história se repita”, alertou.

Por isso, disse o chanceler, o Brasil “condena, nos termos mais fortes, os recentes ataques deliberados contra o pessoal e a infraestrutura da missão de paz no Líbano”. “O Brasil também condena a decisão do Knesset de aprovar ontem leis contra a UNRWA”, afirmou.

Segundo ele, ao tentar desmantelar serviços essenciais para os palestinos, essas leis agravam o sofrimento de um povo já devastado e contrariam o pedido da Corte Internacional de Justiça para que Israel facilite o acesso a assistência humanitária em Gaza.

“Esforços para enfraquecer a UNRWA não são apenas ataques a uma instituição, mas à própria sobrevivência e dignidade do povo palestino. Atacar a UNRWA não eliminará o status de refugiado do povo palestino, nem a responsabilidade da comunidade internacional de proteger aqueles que precisam”, disse.

“Devemos rejeitar essa lei pelo que ela realmente é – um precedente perigoso que enfraquece o multilateralismo e abre caminho para uma maior erosão da ordem global”, defendeu.


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