‘A vacina é esperança de dias melhores também para as aldeias’, diz 1ª mulher indígena vacinada contra Covid-19 no Brasil
Vanusa Kaimbé perdeu dois primos indígenas para a Covid-19 e teve sete pessoas infectadas na aldeia onde vive em Guarulhos, na Grande SP, inclusive ela mesma. “A vacina salva vidas. É a única garantia da nossa existência”, afirma.
Primeira mulher indígena a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil, a técnica de enfermagem e assistente social Vanusa Kaimbé, de 50 anos, afirmou nesse domingo (17) que espera que mais indígenas de todo o Brasil deixem de lado a desconfiança em relação aos imunizantes contra a doença e procurem os postos de vacinação.
Assim como os profissionais de saúde, os indígenas foram incluídos pelo governo de SP no grupo prioritário da primeira fase de aplicação da Coronavac no estado. Para Vanusa Kaimbé, a vacina significa “esperança de dias melhores também para os povos indígenas do país”.
Vanusa Kaimbé vive na aldeia multiétnica “Filhos da Terra”, em Guarulhos, na Grande SP, e conta que perdeu dois primos de aproximadamente 50 anos para a Covid-19. Na aldeia, sete pessoas contraíram a doença, inclusive ela mesma.
Presidente do Conselho dos Indígenas Kaimbé do Estado de SP, Vanusa foi a quarta pessoa a receber a vacina contra a Coronavac no Brasil neste domingo (17) no Hospital das Clínicas, assim que a Anvisa anunciou a autorização para o uso emergencial do imunizante no país. No total, 112 pessoas foram vacinadas.