Uma briga generalizada entre pais, padrastos e madrastas, com xingamentos e tentativas de enforcamento e socos no rosto no meio da rua foi presenciada por uma criança de 7 anos, filho de dois dos envolvidos. A briga acontece na noite do domingo (26), no bairro Fazenda Grande, próximo ao Novo Horizonte, mas o caso só foi ao conhecimento da Polícia Civil na noite de segunda-feira (27).
O pai da criança e sua namorada, moradores de Cajamar, vieram para Jundiaí na noite de domingo para devolver o filho à mãe, como acordo feito durante a separação do casal. Ele, inclusive, paga pensão alimentícia ao filho.
Enquanto se dirigiam até Jundiaí, telefonaram para a mãe do menino que disse que não poderia recebê-lo, já que estaria de saída para ir ao shopping com o namorado. O pai então argumentou, uma vez que teria que cumprir com o combinado, fazendo com que a mãe aceitasse receber a criança.
Já no local, a namorada do pai desceu do carro e foi entregar o menino, conforme acordado anteriormente. Nesse momento o namorado da mãe foi até o carro, onde estava o pai, e passou a gritar. A namorada do pai, então, pediu que a mãe do menino tomasse uma atitude, mas acabou sendo agredida por ela com xingamentos, chutes, socos e tapas. A namorada do pai revidou com socos. A confusão então se instalou, com a criança assistindo a tudo.
Nesse momento o namorado da mãe passou a agredir a namorada do pai com um soco na boca e chutes por todo o corpo, além de enforcá-la com um golpe mata-leão. O pai, que até então estava no carro, foi em direção a eles e tentou impedir as agressões à sua namorada, tentando também enforcar o padrasto da criança que continuava assistindo a tudo.
Na delegacia ele demonstrou tristeza em ver o filho presenciando toda a pancadaria. Sua namorada, com ferimentos, passou por exame no Instituto Médico de Legal.
Conselho Tutelar
De acordo com Bruno Barbosa, do Conselho Tutelar 3, se o conselho tivesse sido acionado no dia do ocorrido, possivelmente teria tirado a criança da situação de conflito. “Possivelmente entregaríamos a criança a uma familiar, avós, tios, alguém que pudesse ficar com ela durante a mediação do conflito entre as partes. Como esse momento já passou, vamos atuar de outra forma. Trata-se de uma briga familiar, mas que a criança pode estar em meio a isso tudo. De uma forma ou de outra ela está sofrendo violência psicológica com essa situação”, disse ele.
Ele confirmou que irá pessoalmente entregar uma notificação aos pais. “Quero que os pais compareça ao Conselho Tutelar para que possamos oui-los e tomar as devidas providências. E nessa visita quero ver em quais condições essa criança vive”, disse ele.
Com informações de Tribuna de Jundiaí