A Justiça determinou que vai a júri o detento acusado de espancar e matar durante uma visita íntima a ex-namorada de 22 anos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí (SP). Quase após um ano, o caso de Nicolly Guimarães Sapucci, de Bragança Paulista (SP), ainda não foi julgado.
No dia 27 de janeiro de 2019, a vítima sofreu vários ferimentos pelo corpo e teve afundamento de crânio. Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que, dias antes do crime, Michael Denis Freitas havia retirado o nome dos pais da lista de visitantes, deixando apenas o de Nicolly.
A pronúncia do juiz Jefferson Barbin Torelli, em 16 de dezembro de 2019, considerou que o réu vá a júri. No entanto, ainda cabe recurso da decisão. O defensor público Fábio Jacyntho Sorge afirmou ao G1 que irá recorrer.
À Justiça, o réu negou que tenha agredido a vítima e disse que o afundamento do crânio foi por conta da queda dela de cima da terceira cama, chamada pelos detentos por “terceirinha”, durante uma discussão. Em um trecho do interrogatório Michael disse que “perdeu a cabeça”.
Crime
Anteriormente, a SAP informou que a ação só foi percebida pelos agentes penitenciários ao fim do período de visita, quando houve a contagem dos visitantes.
Na busca, Nicolly foi encontrada desmaiada e com ferimentos graves, como os ouvidos perfurados. O ex-companheiro já cumpria pena por roubo e foi autuado em flagrante por feminicídio.
Com informações do G1