A Rússia voltou a aumentar a tensão internacional ao alertar para o risco de uma guerra nuclear caso a Ucrânia, com apoio da OTAN e de países aliados, tente reconquistar os territórios atualmente sob controle russo. A declaração foi feita por Vladimir Medinsky, assessor do Kremlin, e divulgada pela agência estatal russa Tass.
“Depois de algum tempo, a Ucrânia, juntamente à OTAN e seus aliados, tentarão reconquistá-los — e isso será o fim do planeta. Será uma guerra nuclear”, afirmou Medinsky.
Pressão por reconhecimento internacional
O governo russo exige que os cerca de 20% do território ucraniano atualmente ocupados — incluindo as regiões da Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia — sejam oficialmente reconhecidos como parte da Federação Russa. Juntas, essas áreas somam aproximadamente 113 mil km².
Essas exigências fazem parte das condições impostas por Moscou em meio às negociações de paz. Entre elas estão:
- Reconhecimento da anexação das regiões ocupadas;
- Retirada total das tropas ucranianas dessas áreas;
- Neutralidade política da Ucrânia, com proibição de entrada na OTAN;
- Realização de novas eleições em até 100 dias.
Escalada de tensão militar
Na noite de domingo (8), a Ucrânia informou ter interceptado 460 de 479 drones russos em um dos maiores ataques aéreos recentes contra Kiev. Horas depois, a Rússia anunciou avanços militares na região de Dnipropetrovsk, no nordeste do país.
No mesmo dia, Rússia e Ucrânia realizaram uma nova troca de prisioneiros, como parte de um acordo humanitário em andamento. Apesar disso, não houve qualquer avanço concreto em direção a um cessar-fogo duradouro.
Guerra na Ucrânia segue sem solução
Com o conflito se aproximando do terceiro ano, a guerra na Ucrânia permanece sem resolução à vista. As ameaças nucleares por parte do Kremlin acendem alertas no cenário global, aumentando o risco de escalada para um confronto ainda mais devastador.
