O cuidado efetivo (ou a falta dele) que pais devem ter com aquilo que os filhos pequenos acessam na internet ficou evidenciado em Itupeva, nesta segunda-feira (25), após a prisão de um adulto que aliciou um menino de apenas 11 anos e o aguardava no estacionamento de um supermercado para possivelmente cometer abuso sexual.
Ele foi preso em flagrante pela Guarda Municipal depois que a mãe da criança descobriu que o filho mantinha contato com o adulto e que haviam marcado para se encontrar pessoalmente. Durante a abordagem, ficou apurado que o pedófilo estava de calça, mas sem a parte de baixo (roupa íntima).
O adulto, que não teve o nome revelado, concordou em entregar o aparelho celular para os GMs, confessando que pretendia manter relações sexuais (estupro de vulnerável, de acordo com a lei) com o menino, que havia aliciado pela internet.
No aparelho, imagens de menores em situações de abuso foram encontradas, revelando o dono do celular que nem todas eram de suas vítimas, mas sim recebidas de outros internautas (também pedófilos), por meio de grupos que estes tipos de criminosos mantêm na rede de computadores.
Ele também argumentou que tentou se tratar em 2015, mas que voltou a aliciar crianças, para quem prometia benefícios em jogos on-line.
Como não chegou a se encontrar com o menino de 11 anos, ele foi autuado em flagrante por infração a dois artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Um deles (241-B) prevê pena de reclusão, de um a quatro anos, além de multa, a quem “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio”, imagens que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança e adolescente.
O outro (241-D) diz respeito ao aliciamento de crianças, também por qualquer meio, “com o fim de com ela praticar ato libidinoso. A pena para este crime é de até três anos de reclusão, além de multa.
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