Mais de 16,7 milhões de brasileiros e empresas com valores a receber por instituições financeiras não consultaram se há “dinheiro esquecido” no site do Banco Central.
Na primeira fase da consulta, aberta em 14 de janeiro, foram liberadas consultas de R$ 4 bilhões, que inclui valores a serem devolvidos para 28 milhões de brasileiros, sendo 26 milhões pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas.
Segundo o Banco Central, até o meio-dia desta terça-feira (15/2), quase 60 milhões de pessoas tinham consultado o sistema para checar a existência de dinheiro esquecido.
De acordo com o BC, 11 milhões de pessoas físicas e outras 222 mil pessoas jurídicas tinham saldo disponível. O restante, 48,7 milhões, não tinha recursos a serem recebidos.
Nesta primeira fase da devolução de valores, que podem chegar a R$ 3,9 bilhões, os valores a serem devolvidos são de:
- contas correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e
- recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Como fazer a consulta no Banco Central?
- Acesse o site https://valoresareceber.bcb.gov.br/ usando o CPF, em caso de pessoa física, ou o CNPJ, no caso de empresas, e sua data de nascimento para consultar a existência de recursos para saque;
- a página vai informar uma data para consultar os valores e solicitar o saque – anote esta data;
- na data informada, retorne à página https://valoresareceber.bcb.gov.br/. Use seu login gov.br para acessar o sistema (clique aqui para ver como fazer o cadastro);
- após o acesso, consulte o valor e informe a forma de pagamento. O dinheiro deverá ser depositado pela instituição financeira em até 12 dias.
Formas de pagamento
No caso de valores disponíveis para serem resgatados, eles podem ser pagos de duas formas:
- Pix na conta vinculada ao sistema Registrato, no caso de bancos que aderiram a um termo específico junto ao BC; e
- pagamento ou transferência a ser informado pelas respectivas instituições financeiras, nos demais casos. Nessa forma, o cliente deverá informar os dados de contato no sistema do Banco Central para receber os valores.
Segunda fase
Segundo o Banco Central, a segunda fase deve ser iniciada em maio. Nessa etapa, os recursos serão decorrentes de:
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso do BC;
- contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível.
Com informações de Metrópoles