Uma adolescente de 17 anos que aguardava um transplante de coração morreu em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a família, Isadora Silva de Almeida estava na casa de uma tia quando teve um mal súbito e faleceu.
Edileide Rocha Silva de Almeida, mãe da jovem, disse em entrevista nesta última quinta-feira (3) que Isadora era muito alegre e que, apesar do problema de saúde, não se deixava abalar.
A jovem tinha miocardiopatia hipertrófica, que descobriu aos sete anos de idade. Desde então, passou a frequentar hospitais na capital paulista. Após diversos tratamentos, os médicos definiram que Isadora precisaria de um transplante de coração.
A mãe explicou que a condição de saúde da filha causava um aumento no músculo cardíaco, o que dificultava a saída de sangue. Entretanto, apesar do diagnóstico, a família não esperava que a jovem viesse a óbito tão cedo. “A gente sabia que isso poderia acontecer, mas não estávamos preparados”, diz.
“Ela tinha vários sonhos, principalmente de voltar a correr, surfar, andar de skate e tomar banho de mar. Tudo o que ela mais amava fazer, e não podia mais”, lamenta a mãe.
Isadora Almeida ingressou na fila da Central de Transplantes de São Paulo no dia 26 de junho de 2020. Ela foi internada pela primeira vez no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor) no dia 7 de julho. O processo para doação de órgãos na pandemia ficou ainda mais criterioso, segundo a família, devido às especificações para o procedimento.